Entre as alternativas para se aquecer nos dias de frio, estão as lareiras e os fogões a lenha, que ajudam a esquentar o ambiente. Na última semana, o ¿Diário¿ visitou 16 estabelecimentos que comercializam lenha em cinco regiões diferentes de Santa Maria. Entre os locais pesquisados, o preço do saco varia de R$9 a R$ 18, uma diferença de 100 %. Os valores dependem do tipo de madeira e do peso da embalagem, que variavam de 9kg a 20kg (veja abaixo).
Preço dos aquecedores mais vendidos em Santa Maria varia de R$ 62,90 a R$ 349
A pesquisa foi realizada entre a última quinta-feira e terça-feira. Os locais (supermercados, distribuidoras, mercearias, postos de combustíveis, fruteiras e lojas de material de construção) foram escolhidos aleatoriamente, mas de forma a contemplar as regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro. No levantamento, foram considerados apenas os estabelecimentos que oferecem lenhas de eucalipto e de acácia.
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Conforme o proprietário do Armazém e Fruteira Liberdade, Jaldecir Dias, a procura pelo item tem crescido nos últimos dias. Segundo ele, além de procurar o produto para escapar do frio, os clientes dão outra utilidade à lenha.
– No verão, o pessoal usa mais o carvão, mas, no inverno, a procura por lenha para churrasco é bem grande – comenta o vendedor.
Em grande parte dos lugares pesquisados, as lenhas são vendidas em sacos ou fardos. Na cidade, o saco ou fardo com peso de 10kg é o mais encontrado à venda, com valores que vão de R$ 10 a R$ 18. O preço mais barato encontrado foi R$ 9 no bairro Salgado Filho, na região norte da cidade. Já a lenha mais cara estava sendo vendida no bairro Camobi, na região leste.
O que pode e não pode
O Código Florestal do Rio Grande do Sul prevê que só pode ser comercializada lenha oriunda de espécie exótica, no caso, eucalipto e acácia. De acordo com o chefe do Escritório Regional do Ibama em Santa Maria, Tarso Isaia, as lenhas de mata nativa, ou seja, a vegetação considerada natural do Estado, como o angico, a madeira de canela e o louro, por exemplo, não podem ser comercializadas, sob pena de responsabilização.
– A legislação é por Estado e, aqui, o comércio desse tipo de madeira é proibido. Caso alguém seja autuado em flagrante, está sujeito à penalidade administrativa – destaca Isaia.
Ainda conforme Isaia, a madeira nativa pode ser usada como lenha apenas no uso doméstico, mediante solicitação de corte a um órgão estadual, federal ou municipal. Em casos de venda irregular, é possível fazer denúncias para os órgãos responsáveis na cidade (veja abaixo).
Armazém e Fruteira Liberdade
Tipo de lenha: Acácia
Forma de venda:Saco de 10kg
Valor: R$ 10
Endereço e telefone: Rua Venâncio Aires Centro) / (55) 3217-3172
Fruteira Ponto Verde
Tipo de lenha: Acácia
Forma de venda: Saco de 10kg
Valor: R$ 13,9"